Você já percebeu ombros desalinhados, quadris assimétricos ou uma leve inclinação na postura em um adolescente? Esses podem ser sinais da escoliose idiopática, um desvio lateral da coluna que surge principalmente durante o estirão do crescimento. Embora muitas vezes não cause dor no início, a escoliose pode progredir com o tempo e impactar a qualidade de vida.
Neste artigo, você entenderá como identificar a escoliose, quais são as opções de tratamento e por que o diagnóstico precoce faz toda a diferença.
O que é Escoliose Idiopática?
A escoliose idiopática do adolescente (EIA) é a forma mais comum de escoliose, caracterizada por uma curvatura anormal da coluna sem uma causa definida. Essa condição geralmente aparece entre 10 e 18 anos e pode variar de casos leves a graves, exigindo acompanhamento especializado.
Principais sintomas da Escoliose
A escoliose pode ser silenciosa nos estágios iniciais, mas alguns sinais podem indicar sua presença:
- Desalinhamento dos ombros – um ombro pode estar mais alto que o outro;
- Quadris assimétricos – um lado do quadril pode parecer mais elevado;
- Curvatura visível na coluna – mais perceptível ao inclinar o corpo para frente;
- Giba costal – uma protuberância na região das costas, geralmente percebida ao se curvar para frente;
- Roupa “torta” no corpo – roupas podem parecer desajustadas devido ao desalinhamento postural.
Teste de Adams:
Peça ao paciente que incline o tronco para frente, com os braços soltos e o queixo encostado no peito. Se a coluna parecer torta ou se houver um lado das costas mais elevado (giba costal), o teste é considerado positivo. Nesses casos, é fundamental buscar avaliação profissional.

Diagnóstico: Como saber se é escoliose?
O diagnóstico da escoliose idiopática é feito por um especialista em coluna por meio de:
- Exame clínico: avaliação postural detalhada;
- Radiografia da coluna: exame fundamental para medir o grau da curvatura (ângulo de Cobb). É importante ressaltar que deve ser uma radiografia panorâmica da coluna vertebral, com o paciente em ortostatismo, nas incidências anteroposterior (AP) e de perfil. Esse exame é essencial para a mensuração precisa dos ângulos e para a definição dos níveis de tratamento, inclusive cirúrgico, quando necessário;
- Ressonância magnética ou tomografia (em casos específicos): para avaliar estruturas mais profundas.
Tratamentos para Escoliose Idiopática
O tratamento varia conforme a gravidade da curvatura e a fase de crescimento do paciente:
- Observação e monitoramento: para curvaturas leves (menos de 20°), com acompanhamento regular do especialista.
- Coletes ortopédicos: indicados para curvaturas moderadas (entre 20° e 49°), especialmente em adolescentes que ainda estão crescendo.
- Cirurgia corretiva: recomendada para curvaturas graves (acima de 50°) ou progressivas, evitando complicações futuras.
- Fisioterapia especializada: o tratamento fisioterapêutico é uma ferramenta importante no tratamento conservador da escoliose, desde que realizado por profissionais com formação específica na área.
Dica: Quanto mais cedo a escoliose for diagnosticada, maior a chance de evitar sua progressão e necessidade de cirurgia!
Importância do diagnóstico precoce
O reconhecimento da escoliose nos estágios iniciais pode evitar que a condição avance, reduzindo o risco de impacto na qualidade de vida, na mobilidade e no surgimento de dores futuras. Pais, professores e profissionais da saúde devem estar atentos aos sinais para garantir um diagnóstico rápido e um tratamento eficaz.
Quando procurar um Especialista?
Se você notou algum dos sintomas da escoliose idiopática em um adolescente, não espere para buscar ajuda. Um especialista em coluna pode indicar o melhor caminho para um tratamento personalizado, garantindo mais saúde e qualidade de vida.
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